“Hosana! Bendito é o que vem em nome do Senhor! Bendito é o Rei de Israel!” (João 12:13 NVT)
Até este ponto, acompanhamos Jesus evitando se expor ao público. Contudo, neste momento, Ele realiza uma manifestação pública em Jerusalém, cercada por uma imensa multidão, levando os fariseus a admitirem:
“Não podemos fazer nada. Vejam, todo mundo o segue!” (João 12:19 NVT)
Essa aparição pública tinha uma razão específica: o tempo havia chegado. Era o momento em que Cristo entregaria Sua vida pelos pecados da humanidade, o instante em que o verdadeiro Cordeiro Pascal seria sacrificado, o sangue genuíno da expiação seria derramado e o Messias seria morto. Esse era o tempo em que o caminho para o Santo dos Santos seria definitivamente aberto pelo verdadeiro Sumo Sacerdote.
Jesus enfrentou o sofrimento por escolha própria, garantindo a nossa vida eterna. Ele não foi coagido a entregar Sua vida na cruz, pelo contrário, Ele fez isso por amor, encontrando alegria em ser nosso substituto. Cristo se deleitava em cumprir a vontade do Pai e em abrir o caminho para que o homem, perdido e distante, pudesse se aproximar de Deus com paz e segurança.
Logo a notícia de que Jesus estava vindo a Jerusalém se espalhou. Uma multidão de peregrinos que já estevam na cidade para celebrar a Páscoa foi ao Seu encontro com ramos de palmeiras, clamando: “Hosana! Bendito é o que vem em nome do Senhor! Bendito é o Rei de Israel!”. A palavra “Hosana” significa “Salve agora, nós te rogamos!”.
A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém foi uma proclamação de que Sua hora havia chegado, ainda que não fosse conforme as expectativas populares. Ele não apareceu como um líder revolucionário ou um guerreiro conquistador, mas como um mensageiro de paz. Para demonstrar isso, entrou montado em um jumentinho, ao invés de um cavalo imponente. Assim, cumpriu-se de maneira literal e exata a profecia de Zacarias:
“Alegre-se, ó povo de Sião! Exulte, ó preciosa Jerusalém! Vejam, seu rei está chegando; ele é justo e vitorioso, mas também é humilde e vem montado num jumento, num jumentinho, cria de jumenta.” (Zacarias 9:9 NVT)
João registrou que, naquele momento, os discípulos não compreenderam que os eventos presenciados eram o cumprimento direto da profecia de Zacarias. Somente após a glorificação de Jesus eles perceberam que tudo o que havia acontecido estava alinhado às Escrituras. Tanto a vinda futura do Messias quanto os mínimos detalhes da Sua vida terrena foram revelados pelo Espírito Santo e descritos com especificações.
Por isso, nós, que amamos e lemos as Escrituras com reverência, temos plena convicção de que “nenhuma profecia nas Escrituras surgiu do entendimento do próprio profeta, nem de iniciativa humana. Esses homens foram impulsionados pelo Espírito Santo e falaram da parte de Deus.” (2 Pedro 1:21 NVT)