“Jesus respondeu: ‘Deixe-a em paz. Ela fez isto como preparação para meu sepultamento. Vocês sempre terão os pobres em seu meio, mas nem sempre terão a mim’.” (João 12:7-8 NVT)
Em Betânia, foi organizado um jantar em homenagem a Jesus. Ali também estava Lázaro, em plena forma física, vivo, compartilhando refeições e bons momentos com seus amigos. Os principais sacerdotes, incapazes de refutar o milagre da ressurreição de Lázaro, decidiram que também deveriam matá-lo pois “por causa dele, muitos do povo os haviam abandonado e criam em Jesus” (João 12:9 NVT).
Durante aquele jantar, Maria, irmã de Lázaro, “pegou um frasco de perfume caro feito de essência de óleo aromático, ungiu com ele os pés de Jesus e os enxugou com os cabelos” (João 12:3 NVT). O ato de Maria foi, sem dúvida, movido por um coração repleto de amor e profunda gratidão. Sentar-se aos pés de Jesus, ouvir Seus ensinamentos e testemunhar a ressurreição de seu irmão trouxeram à sua alma uma paz indescritível. Maria provavelmente percebeu que jamais conseguiria retribuir tamanha graça. Assim, com o coração generoso, ela ofereceu o melhor que tinha ao Senhor, sem reservas.
Contudo, entre os presentes, havia aqueles que criticaram a atitude de Maria, acusando-a de desperdício e excesso:
“Mas Judas Iscariotes, o discípulo que em breve trairia Jesus, disse: ‘Este perfume valia trezentas moedas de prata. Deveria ter sido vendido, e o dinheiro, dado aos pobres’.” (João 12:4-5 NVT)
O apóstolo João foi enfático ao esclarecer que a fala de Judas não demonstrava qualquer genuína preocupação com os necessitados, “na verdade, ele era ladrão e, como responsável pelo dinheiro dos discípulos, muitas vezes roubava uma parte para si” (João 12:6 NVT). Muitos cristãos professos, tal como Judas, não conseguem compreender o zelo por glorificar a Cristo. Consideram sábio investir recursos no comércio ou no avanço científico, mas desprezam qualquer investimento relacionado à pregação do Evangelho.
Diante da objeção de Judas, Jesus respondeu:
“Deixe-a em paz. Ela fez isto como preparação para meu sepultamento. Vocês sempre terão os pobres em seu meio, mas nem sempre terão a mim.”
Essa resposta de Jesus evidencia o quanto Ele valorizou o ato de devoção de Maria. Sempre haveria pessoas carentes sobre quem os outros poderiam demonstrar bondade, mas o tempo de Jesus em Seu ministério terreno estava acabando. Maria, de forma antecipada, agiu como se soubesse que a ressurreição de Cristo impediria que ungisse Seu corpo em outra ocasião. Portanto, aprendamos com o exemplo de Maria a aproveitar cada oportunidade para demonstrar nossa dedicação e amor ao nosso Senhor e Salvador Jesus, o Cristo.