“Observem como Deus é, ao mesmo tempo, bondoso e severo. É severo com os que lhe desobedecem, mas é bondoso com vocês, desde que continuem a confiar em sua bondade. Mas, se deixarem de confiar, também serão cortados.” (Romanos 11:22 NVT)

Paulo, ao argumentar contra a arrogância dos gentios, usa a imagem da oliveira para ilustrar sua mensagem. Os gentios, ao invés de se orgulharem, deveriam temer e demonstrar gratidão ao perceber a severidade que Deus demonstrou aos judeus. Deveria ser evidente para eles – e para nós – que sem a graça imerecida do Senhor, estaríamos na mesma condição dos judeus que foram cortados.

Muitos que são chamados, mas não escolhidos, podem participar por um tempo com os cristãos genuínos, mas a dureza de seus corações se revelará em breve. Os eleitos não perseveram para serem escolhidos, mas são escolhidos e, por isso, perseveram. No entanto, isso não elimina a necessidade de admoestação à perseverança.

Paulo exorta todos a considerarem o que aconteceu com os judeus como nação:

“Talvez digam: ‘Esses ramos foram cortados para abrir espaço para nós [gentios]’. É verdade, mas lembrem-se de que esses ramos foram cortados porque não creram e que vocês estão ali porque creem. Portanto, não se orgulhem, mas temam o que poderia acontecer. Pois, se Deus não poupou os ramos naturais, também não poupará vocês.” (Romanos 11:19-21 NVT)

Alguns indivíduos que, por um determinado tempo são vistos fora da oliveira, podem vir a responder positivamente ao chamado, pois os judeus eleitos continuam a ser salvos desde os primeiros tempos da igreja até hoje. Por isso, o cristão não pode basear sua segurança em mérito próprio, mas apenas em Deus.

“Observem como Deus é, ao mesmo tempo, bondoso e severo. É severo com os que lhe desobedecem, mas é bondoso com vocês, desde que continuem a confiar em sua bondade. Mas, se deixarem de confiar, também serão cortados.”

Vale ressaltar que a própria fé (confiança) é dada e confirmada pela ação do Espírito Santo, sendo efetiva apenas naqueles que Deus elegeu. A ordem dada ao cristão, então, é usar esta fé para responder às exortações em obediência. O querer e o realizar pertencem a Deus, mas a eleição não diminui a responsabilidade humana de obedecer e continuar no gozo da bondade de Deus, assim como Paulo e Barnabé insistiam com os convertidos para que “continuassem a confiar na graça de Deus” (Atos 13:43 NVT).

Portanto, irmãos, “apeguemo-nos firmemente, sem vacilar, à esperança que professamos, porque Deus é fiel para cumprir sua promessa. Pensemos também em como motivar uns aos outros na prática do amor e das boas obras.”

(Hebreus 10:23-24 NVT)