“Se a parte da massa entregue como oferta é santa, então toda ela é santa. E, se as raízes da árvore são santas, os ramos também o serão. Mas alguns desses ramos, alguns do povo de Israel, foram cortados. E vocês, gentios, que eram ramos de uma oliveira brava, foram enxertados na árvore. Agora, portanto, participam do alimento nutritivo que vem da raiz da oliveira especial de Deus.”
(Romanos 11:16-17 NVT)
Quando Israel foi temporariamente rejeitado, os gentios foram colocados em uma posição de privilégio e, assim, foram reconciliados. Então, se a rejeição temporária de Israel por Deus resultou na propagação do Evangelho a muitos gentios, quanto mais quando Israel for restaurado! Grande número de gentios serão inseridos no Reino de Deus.
“Pois, se a rejeição deles possibilitou que o resto do mundo se reconciliasse com Deus, a aceitação será ainda mais maravilhosa. Será vida para os que estavam mortos!” (Romanos 11:15 NVT)
Agora, Paulo emprega duas metáforas:
“Se a parte da massa entregue como oferta é santa, então toda ela é santa. E, se as raízes da árvore são santas, os ramos também o serão.”
A primeira metáfora diz respeito à oferta oferecida. Em Números 15:19-21 lemos que um pedaço de massa foi consagrado ao Senhor como oferta alçada. O argumento é que, se uma parte é consagrada, toda a massa também é.
A segunda metáfora faz menção à oliveira, sugerindo que, se as raízes são santas, também os ramos são:
“Mas alguns desses ramos, alguns do povo de Israel, foram cortados. E vocês, gentios, que eram ramos de uma oliveira brava, foram enxertados na árvore. Agora, portanto, participam do alimento nutritivo que vem da raiz da oliveira especial de Deus.”
A conversão é como o enxerto dos ramos selvagens na oliveira cultivada. Aqueles que são enxertados “participam do alimento nutritivo que vem da raiz da oliveira especial de Deus”. Os gentios, que antes eram “ramos de uma oliveira brava” e excluídos, foram incluídos na oliveira de Deus, compartilhando da seiva que nutre a árvore. Isso contrasta com a prática agrícola comum, onde se enxerta uma oliveira boa numa ruim para corrigir a árvore. Aqui, é o ramo que é corrigido pelo enxerto, e não o contrário.
É muito comum nos acostumarmos com os privilégios e, nessa acomodação, incorrermos no erro da banalização ou em desperdício do que temos. Assim, a graça deve ser um estímulo à gratidão, não ao orgulho.
Por isso, Paulo adverte que os gentios “não devem se orgulhar de terem sido enxertados no lugar dos ramos que foram cortados, pois é a raiz que sustenta o ramo, e não o contrário!” (Romanos 11:18 NVT)