“Contudo, aos que o receberam, aos que creem no seu nome, deu‑lhes a autoridade de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram do sangue, nem pela vontade da carne, nem pela vontade de homem algum, mas nasceram de Deus.” (João 1:12-13 NVI)
Cristo concedeu aos eleitos o privilégio de se tornarem filhos de Deus por meio da fé nEle (confira Gálatas 3:26). Estes são regenerados e adotados na família de Deus. E, por causa do Filho, o Pai tem prazer neles. Assim, a adoção encontra sua origem no decreto eterno:
“Mesmo antes de criar o mundo, Deus nos amou e nos escolheu em Cristo para sermos santos e sem culpa diante dele. Ele nos predestinou para si, para nos adotar como filhos por meio de Jesus Cristo, conforme o bom propósito de sua vontade. Deus assim o fez para o louvor de sua graça gloriosa, que Ele derramou sobre nós em seu Filho amado.” (Efésios 1:4-6 NVT)
A adoção é um ato da graça de Deus que, baseada unicamente nos méritos da vida e morte de Cristo, faz com que o eleito seja eternamente membro da família do Pai:
“Aos que o receberam, aos que creem no seu nome, deu‑lhes a autoridade de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram do sangue, nem pela vontade da carne, nem pela vontade de homem algum, mas nasceram de Deus.”
Embora todos os seres humanos sejam criaturas de Deus, nem todos são filhos de Deus no sentido espiritual. Em consequência da Queda, o relacionamento entre Deus e o homem foi perdido, resultando em morte espiritual. Nesse estado, somos devidamente chamados de filhos da ira de Deus (confira João 8:44; Efésios 2:3; 1 João 3:10). Portanto, acreditar que “todos são filhos de Deus” é um pensamento contrário às Escrituras, baseado no humanismo religioso.
Os eleitos são filhos de Deus pela graça, somente pela fé na expiação realizada por Cristo. Ao nos redimir com seu sangue, Cristo nos reconciliou com Deus. A adoção, portanto, significa uma mudança em nossa relação com o Pai. Entretanto, é essencial lembrar que há uma distinção entre nossa filiação e a filiação eterna de Cristo. Ele compartilha eternamente a essência da Trindade e todos os seus atributos incomunicáveis. Nós, por outro lado, compartilhamos de Sua filiação como co-herdeiros eternos pelos méritos de Cristo:
“Pois vocês não receberam um espírito que os torne, de novo, escravos medrosos, mas sim o Espírito de Deus, que os adotou como seus próprios filhos. Agora nós o chamamos ‘Aba, Pai’, pois o seu Espírito confirma a nosso espírito que somos filhos de Deus. Se somos seus filhos, então somos seus herdeiros e, portanto, co-herdeiros com Cristo. Se de fato participamos de seu sofrimento, participaremos também de sua glória.” (Romanos 8:15-17 NVT)
Portanto, devemos refletir:
Somos, realmente, filhos de Deus?
Já experimentamos o novo nascimento?
Demonstramos os sinais desse novo nascimento: fé em Cristo, amor por Sua Palavra, uma vida de retidão e separação do mundo?