“Ele não era a luz, mas veio para falar da luz. Aquele que é a verdadeira luz, que ilumina a todos, estava chegando ao mundo.” (João 1:8-9 NVT)
O apóstolo João, após discorrer incialmente sobre a essência divina de Cristo, passa a falar sobre seu predecessor, João Batista – filho de Zacarias e Isabel (confira Lucas 1:13-17). É importante observar o contraste entre os termos usados pelo apóstolo para se referir ao Salvador e a João Batista.
Em relação a Jesus, ele afirma que é Deus eterno, o Criador de todas as coisas, a fonte de luz e vida (confira João 1:1-5). Sobre João Batista, declara que ele foi meramente um homem enviado por Deus “para falar a respeito da luz, a fim de que, por meio de seu testemunho, todos cressem” (João 1:7 NVT). Assim, percebemos claramente a verdadeira função de um ministro de Cristo:
“Ele não era a luz, mas veio para falar da luz.”
Um ministro de Cristo não é um sacerdote, nem mediador entre Deus e o homem; não é aquele a quem as pessoas devem confiar sua vida espiritual e deixá-la sob sua tutela. Um ministro de Cristo é uma testemunha, destinado a atestar a verdade de Deus, especialmente a verdade de que Cristo é o único e suficiente Salvador. Portanto, um ministro de Cristo não será fiel ao seu papel a menos que se disponha a dar um testemunho completo sobre a obra de Cristo.
“Aquele que é a verdadeira luz, que ilumina a todos, estava chegando ao mundo.”
Esta é a posição central ocupada pelo Senhor Jesus em relação à humanidade: Ele é a origem de toda vida, saúde, crescimento, fervor e desenvolvimento espiritual. No entanto, “Jesus veio ao mundo que Ele criou, mas o mundo não o reconheceu” (João 1:10 NVT).
Cristo, muito antes de encarnar, estava de maneira invisível no mundo. Ele reinava e governava toda a Criação desde o princípio. Por meio dEle, tudo veio a existir (confira Colossenses 1:17). No entanto, os homens não o conheceram nem o honraram, pois “adoraram e serviram as coisas que Deus criou, em lugar do Criador” (Romanos 1:25 NVT).
Cristo se manifestou de maneira visível ao nascer em Belém, mas foi recebido com a mesma indiferença. Veio para o povo que Ele mesmo havia libertado do Egito e adquirido para Si. Veio para os judeus que liam sobre Ele no Antigo Testamento, O percebiam através dos símbolos e figuras nas práticas que realizavam no templo e diziam aguardar Sua vinda. Contudo, quando “veio a seu próprio povo, eles o rejeitaram” (João 1:11 NVT); assim como muitos ainda o rejeitam hoje!
“Contudo, aos que o receberam, aos que creem no seu nome, deu‑lhes a autoridade de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram do sangue, nem pela vontade da carne, nem pela vontade de homem algum, mas nasceram de Deus.” (João 1:12-13 NVI)