“‘Crucifique-o!’, gritou a multidão. ‘Por quê?’, quis saber Pilatos. ‘Que crime ele cometeu?’ Mas a multidão gritou ainda mais alto: ‘Crucifique-o!’. Para acalmar a multidão, Pilatos lhes soltou Barrabás. Então, depois de mandar açoitar Jesus, entregou-o aos soldados romanos para que fosse crucificado.”
(Marcos 15:13-15 NVT)
O capítulo 15 do Evangelho de Marcos começa narrando que todo o Sinédrio se reuniu para decidir o que fariam com Jesus. Eles o prenderam, levaram e entregaram a Pilatos, o governador romano (confira Marcos 15:1). Essa ação foi tomada porque os judeus não tinham mais o poder de executar alguém, estando sob o domínio romano.
Assim como diante de Caifás, Jesus permaneceu em silêncio no tribunal de Pilatos, sem se defender. Mesmo sendo inocente, Ele suportou calado todas as acusações falsas. Aqui, notamos uma enorme diferença entre o primeiro e o segundo Adão. O primeiro Adão, embora culpado, procurou se justificar. O segundo Adão, sendo inocente, escolheu não se defender.
“Os principais sacerdotes o acusaram de vários crimes, e Pilatos perguntou: ‘Você não vai responder? O que diz de todas essas acusações?’. Mas, para surpresa de Pilatos, Jesus não disse coisa alguma.”
(Marcos 15:3-5 NVT)
Com base nesse exemplo, aprendamos a suportar as provações com paciência e sem reclamar “porque Deus nos chamou para fazer o bem, mesmo que isso resulte em sofrimento, pois Cristo sofreu por nós. Ele é nosso exemplo, sigamos seus passos” (1 Pedro 2:21 NVT).
Pilatos tentou agir corretamente (libertando Jesus), mas da forma errada (deixando a escolha nas mãos da multidão). Ele sugeriu a libertação de um prisioneiro, esperando que o povo escolhesse Jesus, mas a multidão preferiu Barrabás. Marcos descreve Barrabás como um assassino revolucionário (confira Marcos 15:7), enquanto Mateus o chama de “um prisioneiro, famoso por sua maldade” (confira Mateus 27:16) e João o descreve como um criminoso (confira João 18:40).
“‘Crucifique-o!’, gritou a multidão. ‘Por quê?’, quis saber Pilatos. ‘Que crime ele cometeu?’ Mas a multidão gritou ainda mais alto: ‘Crucifique-o!’. Para acalmar a multidão, Pilatos lhes soltou Barrabás. Então, depois de mandar açoitar Jesus, entregou-o aos soldados romanos para que fosse crucificado.”
Pilatos, sendo um homem de grande autoridade, estava cercado por muitas tentações; tendo poder para, durante um julgamento, realizar o bem ou o mal. Embora soubesse da inocência de Jesus e percebesse que os chefes dos sacerdotes o entregaram por inveja, Pilatos, por medo e conveniência, cedeu à pressão dos judeus, libertou Barrabás, “mandou açoitar Jesus, entregou-o aos soldados romanos para que fosse crucificado”.
Por isso, todo cristão deve ler sobre a morte de Jesus com profundo temor, lembrando que Ele não morreu por Si, mas por nós. Sendo Deus, Cristo se fez homem; sendo rei, tornou-se servo; sendo santo, tomou sobre Si o pecado. Ele se humilhou até a morte, e morte de cruz! Essas reflexões certamente devem nos encher de temor, tremor e reverência.