“‘Sou eu! Não tenham medo’. Eles o receberam no barco e, logo em seguida, chegaram a seu destino.” (João 6:20 NVT)
O milagre da multiplicação dos pães e peixes causou um impacto profundo na vida daquelas pessoas, a ponto de levá-las a exclamar: “Sem dúvida ele é o profeta que haveria de vir ao mundo!” (João 6:14 NVT). O povo tinha conhecimento, desde as Escrituras do Antigo Testamento, de que um Profeta estava por vir. No entanto, esperavam um líder político que os libertasse da dominação romana. A fé que possuíam não era autêntica, pois não estavam interessados em confiar em Jesus como o Filho de Deus ou em confessar seus pecados.
Consequentemente, devido ao milagre que presenciaram, pretendiam forçar Jesus a se tornar seu rei. No entanto, sabendo disso, Jesus se retirou, sozinho, para o monte (confira João 6:15). Então, os discípulos, ao entardecer, atravessaram o mar rumo a Cafarnaum.
“Logo, um vento forte veio sobre eles, e o mar ficou muito agitado.”
(João 6:18 NVT)
O mar da Galileia é suscetível a tempestades rápidas e intensas. Os ventos descem o vale do rio Jordão com grande velocidade e, ao alcançar o mar da Galileia, fazem as ondas subirem. Do ponto de vista humano, os discípulos estavam em perigo. E, “depois de remarem cinco ou seis quilômetros, de repente viram Jesus caminhando sobre o mar, em direção ao barco; ficaram aterrorizados” (João 6:19 NVT). Mas Jesus os tranquilizou, dizendo:
“Sou eu! Não tenham medo.”
Aquele que criou o mar da Galileia tem o poder de acalmar suas águas, a fim de conduzir Seus discípulos amedrontados em segurança à margem. Jesus é o Senhor e também o Criador de toda a natureza:
“Por meio dEle Deus criou todas as coisas, e sem Ele nada foi criado.” (João 1:3 NVT)
A expressão “Sou eu” é, literalmente, “Eu sou”, a mesma usada por Deus quando Moisés perguntou sobre Seu nome:
“Deus respondeu a Moisés: ‘Eu Sou o que Sou’. Diga ao povo de Israel: ‘Eu Sou me enviou a vocês’.” (Êxodo 3:14 NVT)
Jesus aplicou essa mesma expressão a Si mesmo. Para Ele, andar sobre o mar era tão simples quanto criá-lo. Quando os discípulos perceberam que era o Senhor Jesus, “eles o receberam no barco e, logo em seguida, chegaram a seu destino”.
Também podemos encontrar descanso ao lembrar que nosso Salvador é o Senhor dos ventos, das ondas e das tempestades – sejam elas físicas, emocionais ou espirituais. E assim, Ele é capaz de socorrer Seus discípulos mesmo em meio às mais altas ondas. Portanto, como o salmista, podemos declarar:
“Mesmo quando eu andar pelo escuro vale da morte, não terei medo, pois tu estás ao meu lado. Tua vara e teu cajado me protegem.” (Salmos 23:4 NVT)