“Aquele que fala por si mesmo busca sua própria glória, mas quem procura honrar aquele que o enviou diz a verdade, e não mentiras.” (João 7:18 NVT)
A Bíblia relata que, após a partida dos irmãos de Jesus para a festa, “Ele também foi, mas em segredo, permanecendo distante dos olhos dos público” (João 7:10 NVT). Embora desejasse participar, como um Filho obediente a Deus, Jesus não poderia fazê-lo de maneira pública.
Os judeus o procuraram durante a celebração, mas não com a intenção de adorá-Lo, e sim de matá-Lo (confira João 7:1). A razão era clara: a presença de Jesus provocava um grande alvoroço entre as pessoas. Seus ensinamentos e milagres estavam forçando muitos a tomarem uma posição sobre sua verdadeira identidade. Mas a oposição dos líderes religiosos era tão intensa que ninguém ousava defendê-lo abertamente, temendo represálias:
“Havia muita discussão a seu respeito entre as multidões. Alguns afirmavam: ‘Ele é um homem bom’, enquanto outros diziam: ‘Ele não passa de um impostor, que engana o povo’. Mas ninguém tinha coragem de falar sobre ele em público, por medo dos líderes judeus.” (João 7:12-13 NVT)
A Festa dos Tabernáculos durava sete dias (confira Levítico 23:34), e o evangelista registra que “na metade da festa, Jesus subiu ao templo e começou a ensinar” (João 7:14 NVT). E, claro, aqueles que ouviram Seus ensinos ficaram maravilhados. Seu conhecimento sobre o Antigo Testamento, bem como a amplitude de Sua capacidade de ensinar os deixaram impressionados. Os judeus, intrigados, perguntavam entre si: “Como ele sabe tanto sem ter estudado?” (João 7:15 NVT).
Mais uma vez, Jesus enfatizou que tudo o que dizia e ensinava vinha do Pai, afirmando que seu propósito era glorificar a Deus (confira João 7:16-17). Aqui, Ele nos ensina pacientemente que obedecer à vontade divina é essencial para alcançar conhecimento espiritual. E acrescenta:
“Aquele que fala por si mesmo busca sua própria glória, mas quem procura honrar aquele que o enviou diz a verdade, e não mentiras.”
Somente Jesus poderia proferir tais palavras com total legitimidade. Seus desejos eram completamente puros, e Sua mensagem, absolutamente verdadeira. Além disso, Seu objetivo não era promover o Si mesmo, mas glorificar o Pai que o enviou.
Naquele tempo – assim como hoje – as pessoas frequentemente alegavam dificuldades em distinguir entre o que é verdadeiro e falso em termos espirituais. Elas apontavam para as divergências e afirmavam não saber quem estava certo. Contudo, na maioria das vezes, essa suposta incapacidade de discernir era apenas uma desculpa para evitar um compromisso genuíno com Deus. Portanto, vivamos com honestidade à luz do que já aprendemos, e continuemos a obedecer e buscar conhecer ao Senhor.
“Ah, como precisamos conhecer o Senhor; busquemos conhecê-Lo! Ele nos responderá, tão certo como chega o amanhecer ou vêm as chuvas da primavera.” (Oseias 6:3 NVT)