“O homem chamado Jesus misturou terra com saliva, colocou-a em meus olhos e disse: ‘Vá lavar-se no tanque de Siloé’. Eu fui e me lavei, e agora posso ver!’.” (João 9:11 NVT)
O evangelista João prossegue narrando os desdobramentos do encontro entre Jesus e um homem cego de nascença. Após responder à indagação dos discípulos sobre a causa da cegueira física daquele homem, “Jesus cuspiu no chão, misturou a terra com saliva e aplicou-a nos olhos do cego. Em seguida, disse: ‘Vá lavar-se no tanque de Siloé’ (que significa ‘enviado’). O homem foi, lavou-se e voltou enxergando” (João 9:6-7 NVT).
Ao curar aquele homem, Jesus poderia, se assim quisesse, tê-lo tocado ou simplesmente proferido uma palavra. No entanto, Ele “cuspiu no chão, misturou a terra com saliva e aplicou-a nos olhos do cego”. Jesus utilizou elementos frágeis e insignificantes para cumprir Seus propósitos, demonstrando-nos que, ao conceder Suas bênçãos, Ele não se limita a métodos específicos.
Em seguida, Jesus suscitou a fé e a obediência daquele homem. Seria ele influenciado pelas tradições dos anciãos, que proibiam lavar os olhos, mesmo medicinalmente, no sábado? Jesus instruiu aquele homem a lavar seus olhos no tanque de Siloé, e note que João destaca o significado do nome “Siloé” que equivale a “enviado”. Cristo é o Enviado de Deus! O homem, por sua vez, acatou a ordem de Jesus: “foi, lavou-se e voltou enxergando”.
Este milagre gerou muitos questionamentos. Os vizinhos que conviviam com o homem desde o nascimento, sabendo que ele era cego, questionavam se aquele era, de fato, o mesmo homem que costumava pedir esmolas. Alguns concordavam, outros discordavam. Essa controvérsia foi rapidamente resolvida pelo próprio homem: “Sim, sou eu mesmo!” (confira João 9:8-9).
Contudo, aqueles vizinhos não se contentaram e, ao invés de glorificar a Deus, persistiram em indagar sobre quem o havia curado e como tudo ocorrera. Em resposta a essas perguntas, o homem, antes cego, ofereceu um testemunho conciso e direto:
“O homem chamado Jesus misturou terra com saliva, colocou-a em meus olhos e disse: ‘Vá lavar-se no tanque de Siloé’. Eu fui e me lavei, e agora posso ver!’.”
Seu testemunho foi simples, mas persuasivo. Ele relatou os fatos de sua cura, atribuindo o crédito Àquele que havia realizado o milagre.
Ao testemunharmos sobre Cristo, muitas vezes despertamos em alguns o desejo de conhecê-Lo (confira João 9:12); no entanto, em outras ocasiões, também pode suscitar inveja, levando outros a questionar o próprio Senhor (confira João 9:16). A questão fundamental é: os olhos de nosso entendimento foram abertos? Nós enxergamos? Possuímos vida espiritual? Independentemente da situação, nosso testemunho precisa ser firme, à semelhança daquele homem:
“Uma coisa eu sei: eu era cego e agora vejo!” (João 9:25 NVT)