“Filhos, obedeçam sempre a seus pais, pois isso agrada ao Senhor. Pais, não irritem seus filhos, para que eles não desanimem.” (Colossenses 3:20-21 NVT)
A dinâmica familiar era um tema recorrente tanto entre os judeus quanto entre pagãos, permeando inclusive os ensinamentos de Paulo. No entanto, o apóstolo propõe uma perspectiva que enfatizava a interdependência de direitos e responsabilidades no seio familiar. Em Colossenses 3:11 NVT, Paulo afirma:
“Nessa nova vida, não importa se você é judeu ou gentio, se é circuncidado ou incircuncidado, se é inculto ou incivilizado, se é escravo ou livre. Cristo é tudo que importa, e Ele vive em todos.”
Essa mensagem de igualdade em Cristo transcende as distinções sociais e étnicas, unindo os membros da família sob um mesmo princípio. Mas Paulo reconhece que, embora essa unidade seja fundamental, ela não anula a diversidade dos papéis. Ou seja, cada membro da família possui funções e responsabilidades distintas que contribuem para o bem-estar coletivo.
“Filhos, obedeçam sempre a seus pais, pois isso agrada ao Senhor.”
Para os filhos que ainda residem com seus pais e estão sob sua autoridade, Paulo destaca a importância da obediência e da honra (confira Êxodo 20:12; Efésios 6:2). Essa obediência deve ser demonstrada tanto em atitudes quanto em palavras, buscando sempre honrar pai e mãe.
É importante ressaltar que, em casos excepcionais, o jovem cristão pode precisar escolher entre seguir a vontade de Cristo e a vontade de seus pais não cristãos (confira Lucas 14:26). Essa decisão, porém, deve ser tomada com maturidade, discernimento e após buscar aconselhamento cristão.
A expressão “pois isso agrada ao Senhor” é uma das razões importantes para a obediência de um filho. Quando ele respeita a autoridade de seus pais, ele está respeitando a ordem de autoridade dada por Deus. Quando o filho é crescido e reside fora da casa dos pais, ele não tem mais obrigação de obediência, mas a obrigação de honrar seu pai e sua mãe permanece.
Assim como os filhos têm a responsabilidade obedecer e honrar a seus pais, os pais têm a responsabilidade de evitar comportamentos que irritem seus filhos “para que eles não desanimem”. Essa irritação pode ser causada por rigidez excessiva, cobranças desmedidas ou foco exclusivo nas falhas. Nesta advertência, Paulo sabiamente nos lembra que o mau comportamento dos filhos pode ter origem na conduta dos próprios pais. Portanto, ao invés de irritar os filhos, os pais devem “educá-los com a disciplina e a instrução que vêm do Senhor” (Efésios 6:4 NVT).
Por isso, para que a dinâmica familiar funcione de forma harmoniosa, e glorifique a Deus, pais e filhos devem “revestir-se da nova natureza e buscando ser renovados à medida que aprendem a conhecer seu Criador e tornarem semelhantes a Ele.”(Colossenses 3:10 NVT)