“Esposas, sujeite-se cada uma a seu marido, como é próprio a quem está no Senhor. Maridos, ame cada um a sua esposa e nunca a trate com aspereza.” (Colossenses 3:18-19 NVT)
Agora, Paulo passa a exortar os colossenses sobre como colocar a fé em prática no dia a dia da vida comum do lar. Em primeiro lugar, perceba a alusão de Paulo à característica do casamento monogâmico e heterossexual: “Esposas, sujeite-se cada uma a seu marido” e “Maridos, ame cada um a sua esposa”.
Em segundo lugar, antes de refletirmos sobre os papéis bíblicos para a família, é importante ressaltar que homens e mulheres são iguais em humanidade, dignidade, valor e propósito, mas não são idênticos. Sendo assim, as diferenças devem trabalhar juntas para criar relacionamentos de unidade e complementaridade.
“Esposas, sujeite-se cada uma a seu marido, como é próprio a quem está no Senhor.”
A submissão da esposa ao marido, frequentemente mal interpretada, não se trata de inferioridade ou anulação da mulher. Longe de sugerir silêncio ou passividade, a submissão diz respeito à ordem divina e à autoridade concedida ao homem no lar. Essa submissão, porém, não tem relação com valor ou capacidade individual, mas sim com o papel complementar que cada cônjuge assume no casamento.
Quando uma esposa se submete ao marido “como é próprio a quem está no Senhor”, ela demonstra maturidade espiritual e compromisso com os princípios divinos. Quando não se submete, ela falha como seguidora de Cristo! Além disso, a submissão não se baseia na perfeição do marido, mas sim na fé de que isto é próprio a quem serve ao Senhor.
“Assim como a igreja se sujeita a Cristo, também vocês, esposas, devem se sujeitar em tudo a seu marido.” (Efésios 5:24 NVT)
A submissão da esposa não se limita a casais cristãos. Mesmo que a esposa se converta após o casamento e o marido ainda não tenha sido regenerado, ela é chamada a manter sua submissão com amor e sabedoria, conforme a exortação do apóstolo Pedro:
“Da mesma forma, vocês, esposas, sujeitem-se à autoridade de seu marido. Assim, mesmo que ele se recuse a obedecer à palavra, será conquistado por sua conduta, sem palavra alguma, mas por observar seu modo de viver puro e reverente.” (1 Pedro 3:1-2 NVT)
Assim como a esposa é chamada a imitar a Igreja na submissão, o marido é chamado a imitar Cristo no amor.
“Maridos, ame cada um a sua esposa e nunca a trate com aspereza.”
Esse amor deve ser sacrificial e generoso, priorizando o bem-estar da esposa acima do próprio. Um amor que perdura nas dificuldades, doa sem esperar retribuição e reflete o amor incondicional de Jesus por sua Igreja:
“Maridos, ame cada um a sua esposa, como Cristo amou a igreja.” (Efésios 5:25 NVT)
O complemento “nunca a trate com aspereza” significa que o amor do marido deve se manifestar em ações, evitando qualquer tipo de tratamento áspero ou desrespeitoso para com a esposa. Sobre isso, o apóstolo Pedro adverte:
“Da mesma forma, vocês, maridos, honrem sua esposa. Sejam compreensivos no convívio com ela, pois, ainda que seja mais frágil que vocês, ela é igualmente participante da dádiva de nova vida concedida por Deus. Tratem-na de maneira correta, para que nada atrapalhe suas orações.” (1 Pedro 3:7 NVT)
Ou seja, quando um marido não obedece ao mandamento de amar a sua esposa, e ainda a trata com aspereza, ele também falha como seguidor de Cristo! Portanto, marido e esposa devem “permitir que a paz de Cristo governe seus corações, pois, como membros do mesmo corpo, são chamados para viver em paz” (Colossenses 3:15 NVT). Paz com Deus, e paz uns com os outros!