“Da mesma forma, ninguém pode se tornar meu discípulo sem abrir mão de tudo que possui.” (Lucas 14:33 NVT)

Com frequência, observamos indivíduos expressando um forte desejo por uma vida com alto nível de espiritualidade, mas que, ao primeiro obstáculo, abandonam a fé. Também é comum presenciarmos pessoas que acolhem a Palavra com entusiasmo, mas que, com o passar do tempo, se afastam e retornam às práticas antigas. O motivo disso é que, com frequência, não ponderamos sobre o custo de ser um verdadeiro discípulo de Cristo.

Ser um cristão superficial tem um custo baixo, exigindo apenas a presença nos cultos dominicais e um comportamento moralista durante a semana. Não demanda abnegação ou carregar a cruz. No entanto, a Bíblia revela que ser um discípulo de Cristo tem um alto custo:

“Se alguém que me segue amar pai e mãe, esposa e filhos, irmãos e irmãs, e até mesmo a própria vida, mais que a mim, não pode ser meu discípulo. E, se não tomar sua cruz e me seguir, não pode ser meu discípulo.” (Lucas 14:26-27 NVT)

Nesta ocasião, Jesus estava sendo seguido por grandes multidões. Então, Ele as peneirou, apresentando-lhes as exigentes condições do discipulado. Acima de tudo, Jesus disse que para sermos verdadeiros discípulos, devemos amá-lo acima de tudo. Aqui, Ele não sugere um ódio amargo aos familiares, mas sim que nenhum laço familiar deve ser considerado motivo para desviar um discípulo do caminho de completa obediência a Cristo.

Perceba que não se trata apenas de laços familiares, mas “até mesmo a própria vida” do discípulo deve ser colocada em segundo plano! Ao invés de vivermos vidas egocêntricas, nossa vida deve estar centrada em Cristo. Ao invés de questionarmos como cada ação afetará nosso bem-estar e segurança, devemos avaliar como isso reverberará em glória a Deus. Portanto, um verdadeiro discípulo deve carregar sua própria cruz e seguir a Jesus.

Para enfatizar a necessidade de calcular o custo de ser Seu discípulo, Jesus comparou a vida cristã a um projeto de construção e à guerra (confira Lucas 14:28-32). Um homem que pretende construir uma torre senta-se primeiro e calcula o custo. Se ele não tiver recursos suficientes para terminar o projeto, não inicia. Da mesma forma, um rei que vai à guerra deve ponderar cuidadosamente se, suas forças menores, tem capacidade para vencer um inimigo numericamente superior. Ele então avaliará se pode seguir em frente, ou se deve negociar um acordo de paz. Jesus conclui as ilustrações dizendo:

“Da mesma forma, ninguém pode se tornar meu discípulo sem abrir mão de tudo que possui.”

Portanto, ser um discípulo de Cristo nos custará abandonar tudo e nos rendermos completamente a Ele!