“Então Jesus explicou: ‘Meu alimento consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e em terminar a sua obra’.” (João 4:34 NVT)
Os discípulos voltaram de Sicar trazendo a comida que tinham ido comprar e incentivaram Jesus a comer. Entretanto, eles pareciam alheios ao que estava acontecendo: naquele momento significativo, a cidade samaritana estava sendo apresentada ao Senhor da Glória! E, diante de tamanha alegria, Jesus considerou que o alimento físico era de menor relevância.
“Enquanto isso, os discípulos insistiam com Jesus: ‘Rabi, coma alguma coisa’. Ele, porém, respondeu: ‘Eu tenho um tipo de alimento que vocês não conhecem’. Os discípulos perguntaram uns aos outros: ‘Será que alguém lhe trouxe comida?’.” (João 4:31-33 NVT)
Pela perspectiva material, os discípulos não compreenderam o sentido das palavras de Jesus. Assim, deduziram que alguém deveria ter lhe fornecido comida. Pacientemente, Jesus buscou desviar o olhar dos discípulos do que era terreno para o que era espiritual:
“Meu alimento consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e em terminar a sua obra.”
Isso não significa que Jesus não se alimentasse fisicamente, mas sim que o propósito maior de Sua vida não era apenas atender às necessidades do corpo, e sim fazer a vontade de Deus. E continuou:
“Vocês não costumam dizer: ‘Ainda faltam quatro meses para a colheita’? Mas eu lhes digo: despertem e olhem em volta. Os campos estão maduros para a colheita.” (João 4:35 NVT)
Jesus utilizou a realidade física da colheita para ensinar aos discípulos que eles não deveriam imaginar que o momento da colheita estivesses distante, nem se acomodasse, dedicando-se exclusivamente a buscar alimento e vestimentas, acreditando que a obra de Deus poderia ser deixada para depois. Em vez disso, os discípulos, primeiro, deveriam entender que os campos já estavam prontos para a colheita. “Os campos” simbolizam o mundo. No exato instante em que o Senhor pronunciava essas palavras, vidas de homens e mulheres samaritanos estavam prontas para serem colhidas. Dessa forma, Jesus orienta os discípulos a respeito da obra para o qual foram chamados:
“Os que colhem já recebem salário, e os frutos que ajuntam são as pessoas que passam a ter a vida eterna. Que alegria espera tanto o que semeia como o que colhe!” (João 4:36 NVT)
Os discípulos foram escolhidos para serem ceifeiros. E não apenas receberiam recompensas nesta vida, mas também colheriam frutos para a eternidade. De fato, servir a Cristo traz muitas alegrias no presente, mas, no futuro, os ceifeiros terão uma alegria adicional: o fruto de pessoas que obtiveram a vida eterna graças à fidelidade em anunciar a mensagem do Evangelho.
Vale lembrar que o versículo 36 não ensina que uma pessoa é salva por proclamar o Evangelho e “ganhar” almas para Cristo, mas sim que o fruto dessa obra permanece para a vida eterna. Além disso, “tanto o que semeia, quanto o que colhe” exultarão juntos (confira João 4:37-38)! A mensagem será pregada por um, regada em oração por outro; mas quando chega a época da colheita, todos que tiveram parte na obra celebram juntos! Portanto…
“Não importa quem planta ou quem rega, mas sim Deus, que faz crescer. Quem planta e quem rega trabalham para o mesmo fim, e ambos serão recompensados por seu árduo trabalho.”
(1 Coríntios 3:7-8 NVT)