“Mas está chegando a hora, e de fato já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade.” (João 4:23 NVT)
Quando a mulher samaritana foi confrontada com questões espirituais, ela questionou Jesus sobre a validade da adoração dos samaritanos em comparação com o modo de adorar dos judeus.
“‘O senhor deve ser profeta’, disse a mulher. ‘Então diga-me: por que os judeus insistem que Jerusalém é o único lugar de adoração, enquanto nós, os samaritanos, afirmamos que é aqui, no monte Gerizim, onde nossos antepassados adoraram?’” (João 4:19-20 NVT)
Quando sua vida foi completamente exposta, a mulher percebe que Aquele com quem falava não era uma pessoa comum e, com base no conhecimento que possuía, ela concluiu que Jesus devia ser um profeta. No entanto, ela parece desviar o foco, introduzindo uma discussão sobre o local adequado de culto. Jesus, ao invés de evitar sua pergunta, aproveita o momento para trazer ensinamentos mais profundos sobre questões específicas
“Jesus respondeu: ‘Creia em mim, mulher, está chegando a hora em que já não importará se você adora o Pai neste monte ou em Jerusalém’.” (João 4:21 NVT)
No Antigo Testamento, Jerusalém foi o local escolhido por Deus para que ali se prestasse culto a Ele. Era ao Templo em Jerusalém que os judeus dedicados iam com seus sacrifícios e ofertas. Entretanto, Jesus revela à mulher samaritana que Deus não está confinado a um lugar específico para ser adorado e elabora essa verdade com mais clareza:
“Vocês, samaritanos, sabem muito pouco a respeito daquele a quem adoram. Nós adoramos com conhecimento, pois a salvação vem por meio dos judeus.” (João 4:22 NVT)
Jesus condena claramente o culto samaritano, pois não tinha a aprovação divina. Além disso, o povo tinha muito pouco conhecimento daquele a quem diziam adorar. O povo judeu, por outro lado, recebeu instruções diretas sobre como adorar a Deus, e por isso Jesus disse que “a salvação vem por meio dos judeus”, pois Deus confiou a eles a promessa do Messias e escolheu os judeus como Seus mensageiros.
“Mas está chegando a hora, e de fato já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade.”
Jesus ensina que a adoração genuína não depende do local onde é realizada, mas sim da disposição do coração de quem adora. Muitas vezes, temos uma tendência de transformar o culto em uma questão de formalidades externas, atribuindo grande valor ao modo como adoramos. Contudo, Deus dá prioridade ao estado do coração quando nos aproximamos para adorá-Lo.
Assim, um culto realizado na mais luxuosa igreja pode ser desprezado por Deus se for feito com frieza e indiferença. Porém, uma reunião simples, onde dois ou três cristãos se unem para ler a Bíblia e orar pode ser muito mais aceitável, pois o Senhor “não vê as coisas como o homem vê; as pessoas julgam pela aparência exterior, mas o Senhor olha para o coração” (1 Samuel 16:7 NVT).
Pense nisso!