“Façam tudo sem queixas nem discussões, de modo que ninguém possa acusá-los. Levem uma vida pura e inculpável como filhos de Deus, brilhando como luzes resplandecentes num mundo cheio de gente corrompida e perversa.” (Filipenses 2:14-15 NVT)
No capítulo 2 da carta de Paulo aos Filipenses, somos convidados a adotar a postura de Jesus como nosso principal modelo de renúncia; demonstrando a disposição em abrir mão de nossas ambições egoístas em benefício do Evangelho e de nossos irmãos.
Os cristãos em Filipos já possuíam uma extensa história de obediência e fidelidade desde o primeiro dia, quando seguiram o Evangelho de Cristo anunciado por Paulo. Por esse motivo, o apóstolo os instiga a continuar obedecendo ao Evangelho, “não apenas na sua presença, mas muito mais na sua ausência” (Filipenses 2:12 ARC); pois ele crê que, assim como Deus iniciou uma autêntica obra de graça nos cristãos da igreja em Filipos, Ele também a completará por meio do Seu poder soberano.
“Tenho certeza de que aquele que começou a boa obra em vocês irá completá-la até o dia em que Cristo Jesus voltar.” (Filipenses 1:6 NVT)
“Pois Deus está agindo em vocês, dando-lhes o desejo e o poder de realizarem aquilo que é do agrado dEle.” (Filipenses 2:13 NVT)
Da mesma forma, nossa submissão a Deus não deve depender da presença ou influência imediata de um líder religioso, mas sim da graça e do poder soberanos de Deus. Pela graça e poder de Deus, somos também exortados a fazer “tudo sem queixas nem discussões” e a abrir mão de nossos próprios interesses para manter a unidade da Igreja de Cristo em torno do Evangelho.
Mas, qual é o propósito disso? Qual é o objetivo deste comportamento?
É experimentar paz e tranquilidade? Não! O objetivo é:
“Para que ninguém possa acusá-los. Levem uma vida pura e inculpável como filhos de Deus, brilhando como luzes resplandecentes num mundo cheio de gente corrompida e perversa.”
Nosso papel como cristãos não se limita a demonstrar moral e ética. Embora alguns afirmem que um bom testemunho fala mais alto do que vários sermões, isso não é verdadeiro. Um sermão bíblico e centrado em Cristo tem um impacto muito maior do que anos de exemplos morais “perfeitos”. A verdadeira moralidade surge apenas como resultado da fé em Cristo, e esta é uma verdade que devemos proclamar, não apenas demonstrar.
O Senhor Jesus afirma que somos o sal da terra e a luz do mundo, e devemos destacar-nos pelo nosso modo santo de viver. Contudo, isso é para permitir que a proclamação da mensagem do Evangelho avance, não porque o exemplo moral por si só levará as pessoas a Cristo. Portanto, o exemplo moral existe em função do Evangelho, não o contrário!
Assim, todo cristão é chamado a ter “uma vida pura e inculpável” diante do mundo, para que possa “brilhar como luz resplandecente” que contrasta com um “mundo cheio de gente corrompida e perversa”.
Você está disposto?