“Vocês são a luz do mundo. É impossível esconder uma cidade construída no alto de um monte. Não faz sentido acender uma lâmpada e depois colocá-la sob um cesto. Pelo contrário, ela é colocada num pedestal, de onde ilumina todos que estão na casa.” (Mateus 5:14-15 NVT)
Assim como o sal necessita estar em contato com o alimento para temperá-lo, a Igreja deve interagir com o mundo, mantendo sua distinção. Se os cristãos se contaminarem pelas impurezas do mundo, perdem sua capacidade de influenciar e se tornam irrelevantes, como o sal que perdeu seu sabor. Portanto, os cristãos devem ser radicalmente diferentes do mundo. Assim como o sal, Jesus também nos dá uma afirmação incisiva sobre a luz:
“Vós sois a luz do mundo.”
Jesus é “a luz do mundo” (confira João 8:12) e, por extensão, irradiamos a luz de Cristo no mundo, como estrelas que brilham no céu noturno. No livro de Gênesis, vemos que a luz foi a primeira criação de Deus (confira Gênesis 1:3). A luz tem o poder de guiar, revitalizar e trazer clareza em um mundo em trevas. Jesus explica que essa luz que simbolizamos está intrinsecamente ligada às nossas “boas obras”, abrangendo tudo o que um cristão diz e faz, ou seja, todas as manifestações visíveis de sua fé cristã.
Assim como o sal precisa manter sua salinidade para ser útil, a luz não pode ser escondida para cumprir seu propósito; “pelo contrário, ela deve ser colocada num pedestal, de onde ilumina todos que estão na casa”. Da mesma forma, nosso cristianismo deve ser visível a todos – como “uma cidade construída no alto de um monte”, cujas luzes são visíveis de longe.
Para influenciar o mundo, a Igreja deve ser antes de fazer. Existem muitas pessoas que seguem rigorosamente os costumes das igrejas, e falam como se fossem verdadeiros cristãos, mas continuam vivendo na prática intencional do pecado. Há aqueles que pregam aquilo que não vivem; que exigem dos outros o que não praticam; que apenas falam, mas nada fazem; e ainda, aqueles que pregam a si mesmos como se tivessem luz própria.
É fundamental lembrar que a luz não aponta para si mesma, mas para algo ou alguém. Portanto, não são os discípulos que devem ser o centro das atenções, mas suas obras. E que obras são essas? Ser pobre de espírito, chorar pelos nossos pecados e pelos dos outros, ser manso e pacificador, e todas as outras bem-aventuranças que, no final, inevitavelmente, resultarão em perseguição.
“Assim, suas boas obras devem brilhar, para que todos as vejam e louvem seu Pai, que está no céu.” (Mateus 5:16 NVT)
Afinal de contas, não temos luz própria; toda a luz que temos vem do nosso Senhor e Salvador Jesus, o Cristo!