“Vocês são o sal da terra. Mas, se o sal perder o sabor, para que servirá? É possível torná-lo salgado outra vez? Será jogado fora e pisado pelos que passam, pois já não serve para nada.” (Mateus 5:13 NVT)
Ao nos resgatar, Cristo nos faz participantes do Reino de Deus e dá-nos todas as orientações necessárias. As bem-aventuranças, por exemplo, expressam a essência do caráter dos seguidores de Jesus. As metáforas do sal e da luz demonstram a responsabilidade de influência destes seguidores sobre o mundo.
A Igreja foi chamada do mundo, existe no mundo, mas não é moldada por ele. Ainda assim, o Senhor convoca esta Igreja para testemunhar ao mundo acerca dEle. Contudo, é inegável que haverá ataques contra a Igreja (confira Mateus 5:10-12); mas, apesar disso, a Igreja é chamada a servir, mesmo em meio à perseguição (confira Mateus 5:13-16).
Um detalhe interessante quanto ao sal e à luz é que, ambos, são itens domésticos indispensáveis. Da mesma forma, a Igreja possui essa importância no mundo em que está inserida. A necessidade da luz é evidente, enquanto o sal funciona tanto como tempero quanto como conservante. Portanto, o mundo necessita tanto de luz, devido à sua natureza sombria; quanto de preservação, devido à sua tendência à deterioração. A mensagem é clara:
“Vocês são o sal da terra.”
Esta não é uma sugestão, mas uma afirmação. Deus, em Sua sabedoria, instituiu algumas estruturas sociais, como a família e as autoridades civis, para conter os impulsos egoístas do homem e evitar o caos. Contudo, Ele também planejou que a influência mais significativa dentro dessa sociedade pecaminosa viesse de Sua própria Igreja – um povo redimido, regenerado e justificado.
Os discípulos de Cristo têm o papel de serem o elemento purificador em um mundo com padrões morais frequentemente instáveis ou inexistentes. Porém, a eficácia do sal está sujeita a uma condição: não perder sua salinidade.
“Mas, se o sal perder o sabor, para que servirá? É possível torná-lo salgado outra vez? Será jogado fora e pisado pelos que passam, pois já não serve para nada.”
A condição para a eficácia da Igreja na preservação também é manter sua “salinidade”. Se o sal se contaminar, torna-se inútil até mesmo para fertilizar a terra (confira Lucas 14:34-35), sendo usado apenas para pavimentar estradas e “pisado pelos que passam”.
Da mesma forma, a Igreja deve manter sua “salinidade” – o caráter cristão manifestado em ações e palavras, conforme expresso nas bem-aventuranças. A eficácia do cristão está intimamente ligada à sua contínua semelhança com Cristo. A Igreja torna-se relevante quando é, notavelmente, diferente do mundo; pois como já sabemos: “a amizade com o mundo é inimizade com Deus” (Tiago 4:4 NVT).
Portanto,
“não amem este mundo, nem as coisas que ele oferece, pois, quando amam o mundo, o amor do Pai não está em vocês. Porque o mundo oferece apenas o desejo intenso por prazer físico, o desejo intenso por tudo que vemos e o orgulho de nossas realizações e bens. Isso não provém do Pai, mas do mundo. E este mundo passa, e com ele tudo que as pessoas tanto desejam. Mas quem faz o que agrada a Deus vive para sempre.”
(1 João 2:15-17 NVT)