“Ele avançou um pouco, curvou-se com o rosto no chão e orou: ‘Meu Pai! Se for possível, afasta de mim este cálice. Contudo, que seja feita a tua vontade, e não a minha’.” (Mateus 26:39 NVT)
A melhor maneira de “viver neste corpo pela fé no Filho de Deus, que nos amou e se entregou por nós” (Gálatas 2:20 NVT) é contemplando a vida de Jesus. Em Mateus 26:36, Ele está dirigindo-se ao Getsêmani após a última ceia com Seus discípulos, pois havia chegado o momento de cumprir o propósito para o qual fora enviado: ser crucificado. No Getsêmani, Jesus ora a Deus, pedindo algo que ninguém mais poderia conceder-lhe:
“Meu Pai! Se for possível, afasta de mim este cálice.”
Em duas ocasiões adicionais, Jesus fez a mesma oração ao Pai:
“Então os deixou pela segunda vez e orou: ‘Meu Pai! Se não for possível afastar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade’.” […] Foi orar pela terceira vez, dizendo novamente as mesmas coisas.” (Mateus 26:42,44 NVT)
Esse “cálice” é simbólico, uma representação da “ira de Deus”. O cálice continha algo que Jesus nunca havia experimentado anteriormente: a terrível experiência de tornar-se inimigo de Seu Pai, devido ao fardo do pecado que carregaria em nosso lugar. Ainda prostrado, Jesus continuou:
“Contudo, que seja feita a tua vontade, e não a minha.”
Deus Pai enviou um anjo, não para resgatar Jesus e conduzi-Lo ao céu antes da cruz, mas para fortalecê-lo neste tempo de angústia.
“Então apareceu um anjo do céu, que o fortalecia.” (Lucas 22:43 NVT)
Assim como o Pai enviou um anjo para fortalecer o Filho, Jesus prometeu que Ele também nos enviaria um Consolador:
“E eu pedirei ao Pai, e Ele lhes dará outro Encorajador, que nunca os deixará. É o Espírito da verdade. O mundo não o pode receber, pois não o vê e não o conhece. Mas vocês o conhecem, pois Ele habita com vocês agora e depois estará em vocês.” (João 14:16-17 NVT)
Quando somos conduzidos pelo Espírito, quando olhamos para Jesus e “seguimos seus passos” (confira 1 Pedro 2:21), não ficamos desanimados, mas somos fortalecidos para viver uma vida que agrada ao Pai em todos os sentidos. E, quando o Senhor nos concede o poder de perseverar em obediência à vontade perfeita e soberana dEle, isso não torna as coisas mais fáceis, mas as torna possíveis!