“Chegou a hora de o Filho do Homem ser glorificado. Eu lhes digo a verdade: ‘se o grão de trigo não for plantado na terra e não morrer, ficará só. Sua morte, porém, produzirá muitos novos grãos’.” (João 12:23-24 NVT)
Jesus acabara de entrar em Jerusalém, montado num jumentinho e sendo aclamado pela multidão (confira João 12:12-15). Anteriormente, muitos testemunharam seu comando para que Lázaro saísse do túmulo, e sua popularidade atingira o ápice, levando os fariseus a declararem:
“Não podemos fazer nada. Vejam, todo mundo o segue!” (João 12:17 NVT)
Contudo, ao invés de aproveitar esta popularidade e se preparar para uma revolta contra Roma – como alguns judeus, e até mesmo seus discípulos, esperavam – Jesus escolheu o caminho mais desafiador:
“Chegou a hora de o Filho do Homem ser glorificado. Eu lhes digo a verdade: ‘se o grão de trigo não for plantado na terra e não morrer, ficará só. Sua morte, porém, produzirá muitos novos grãos’.”
O plano de Jesus estava em total desacordo com a agenda política dos revolucionários da época. Para chegar ao trono, Ele teria que passar pela Cruz. Qualquer um que quisesse conduzi-Lo de outra forma poderia, mais tarde, se vangloriar disso. O próprio diabo ansiava por essa glória, quando ofereceu a Jesus os reinos deste mundo em troca de um simples ato de adoração (confira Mateus 4:8-9). Mas Jesus recusou!
Seria o próprio Deus quem exaltaria Jesus:
“Pai, glorifica teu nome! Então uma voz falou do céu: ‘Eu já glorifiquei meu nome, e o farei novamente em breve’.” (João 12:28 NVT)
A vida de Jesus era como o grão de trigo que precisava morrer para se multiplicar. Se Ele se recusasse a morrer, permaneceria só. Assim, em sua obediência até a morte, e morte de cruz, o Filho Unigênito de Deus se tornou o “primogênito entre muitos irmãos” (Romanos 8:29).
Jesus continuou:
“Quem ama sua vida neste mundo a perderá. Quem odeia sua vida neste mundo a conservará por toda a eternidade.” (João 12:25 NVT)
E assim, Jesus ensinou a seus discípulos a maneira pela qual o grão poderia se reproduzir: odiando sua própria vida. Nesse contexto, “odiar” significa “não considerar valiosa”. Jesus não apenas deu o exemplo (confira Filipenses 2:6-11), mas também exige o mesmo de Seus discípulos:
“Se alguém quer ser meu discípulo, siga-me, pois meus servos devem estar onde eu estou. E o Pai honrará quem me servir.” (João 12:26 NVT)
Portanto, se não renunciarmos nossa vida, a desperdiçaremos para a eternidade. Se quisermos desfrutá-la no futuro, devemos renunciá-la agora!
Será que estamos, realmente, dispostos?