“Quero conhecer a Cristo e experimentar o grande poder que o ressuscitou.” (Filipenses 3:10a NVT)
Diante da imensidão do conhecimento de Cristo, Paulo passou a considerar tudo insignificante. Anteriormente, ele havia mencionado seus privilégios judeus (confira Filipenses 3:4-6), mas declarou renunciar todas as suas honras e vantagens como judeu e fariseu:
“Pensava que essas coisas eram valiosas, mas agora as considero insignificantes por causa de Cristo. Sim, todas as outras coisas são insignificantes comparadas ao ganho inestimável de conhecer a Cristo Jesus, meu Senhor. Por causa dele, deixei de lado todas as coisas e as considero menos que lixo, a fim de poder ganhar a Cristo e nele ser encontrado.” (Filipenses 3:7-8 NVT)
Paulo não apenas rejeitou sua própria justiça em busca de um conhecimento intelectual sobre Cristo, mas também ansiava por um conhecimento relacional:
“Quero conhecer a Cristo e experimentar o grande poder que o ressuscitou.”
O verbo “conhecer” não se trata apenas de um processo intelectual. Paulo não almejava apenas compreender melhor a doutrina sobre Cristo, mas Sua Pessoa e “experimentar o grande poder que o ressuscitou”. Seu desejo de imitá-Lo, “participando de sua morte”, tem um propósito específico: “para, de alguma forma, alcançar a ressurreição dos mortos!” (Filipenses 3:10b NVT)
O olhar de Paulo está no porvir; seu alvo é a “ressurreição dentre os mortos”. Nessa expressão, ele claramente refere-se a uma ressurreição que não inclui todos os mortos, visto que haverá uma ressurreição para a vida eterna e outra para vergonha e desprezo eternos:
“Muitos dos que estão mortos e enterrados ressuscitarão, alguns para a vida eterna e outros para a vergonha e a desonra eterna.” (Daniel 12:2 NVT)
Para os injustos, será apenas um retorno para comparecer diante do grande trono branco, onde serão julgados segundo suas obras:
“E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles. E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras. E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte.” (Apocalipse 20:11,13,14 NVT)
Para os justificados em Cristo, será uma ressurreição chamada por Jesus de “ressurreição da vida”:
“Não fiquem tão surpresos! Na verdade, vem o tempo em que todos os mortos ouvirão, em seus túmulos, a voz do Filho de Deus e ressuscitarão. Aqueles que fizeram o bem ressuscitarão para terem vida eterna, e aqueles que continuaram a fazer o mal ressuscitarão para serem julgados.” (João 5:28,29 NVT)
Paulo não duvidava de sua participação na ressurreição, tampouco esperava obtê-la por méritos próprios, mas sim por meio do mérito e da justiça de Jesus Cristo. Firmando-se nessa esperança, o apóstolo encontrava coragem e constância diante das dificuldades, além de encorajar os filipenses a fazerem o mesmo.
Portanto, da mesma forma, devemos dedicar nossa vida permanecendo em Cristo, prosseguindo em conhecê-Lo não apenas intelectualmente, mas de maneira relacional; buscando lembrar dia após dia que:
“Nossa cidadania, no entanto, vem do céu, e de lá aguardamos ansiosamente a volta do Salvador, o Senhor Jesus Cristo. Ele tomará nosso frágil corpo mortal e o transformará num corpo glorioso como o dele, usando o mesmo poder com o qual submeterá todas as coisas a seu domínio.”
(Filipenses 3:20-21 NVT)