“Enquanto Jesus viajava pela Galileia, chegou a Caná, onde tinha transformado água em vinho. Perto dali, em Cafarnaum, havia um oficial do governo cujo filho estava muito doente.” (João 4:46 NVT)
Depois de passar dois dias entre os samaritanos, Jesus seguiu viagem para a Galileia. Nessa ocasião, um oficial do governo, em profunda aflição, procurou Jesus porque seu filho estava gravemente enfermo.
“Quando soube que Jesus viera da Judeia para a Galileia, foi até Ele e suplicou que fosse a Cafarnaum para curar seu filho, que estava à beira da morte.” (João 4:47 NVT)
Provavelmente, esse romano já havia utilizado todos os recursos possíveis para a recuperação do filho, mas a doença persistia. É um equívoco comum muitos acreditarem que o dinheiro resolve tudo ou que aqueles com riquezas estão isentos de preocupações. Na realidade, os ricos enfrentam as mesmas enfermidades e aflições que os menos favorecidos, além de passarem por ansiedades específicas que os pobres desconhecem. Suas vestes de luxo podem estar encobrindo corações em sofrimento, e dormir em um palácio pode trazer mais inquietação devido às preocupações materiais do que dormir em uma modesta cabana.
A riqueza não isenta ninguém dos problemas; ela pode afastar as pessoas das dívidas e da carência, mas não as livra de preocupações, doenças e da morte. Por isso, os discípulos de Cristo precisam ter cautela em desejar acumular riquezas, pois estas oferecem conforto, mas também muitas tribulações. Ao invés de invejar os ricos, deveríamos orar por eles! Devemos buscar contentamento com aquilo que temos, pois…
“A devoção acompanhada de contentamento é, em si mesma, grande riqueza. Afinal, não trouxemos nada conosco quando viemos ao mundo, e nada levaremos quando o deixarmos. Portanto, se temos alimento e roupa, estejamos contentes.” (1 Timóteo 6:6-8 NVT)
A Bíblia relata que o filho desse oficial “estava muito doente”, à beira da morte, e o pai, tomado de preocupação, decidiu buscar Jesus sem hesitar. Um ponto importante a ser notado é que o filho estava próximo da morte antes do pai, e não o contrário. Este é um erro frequente: imaginamos que os jovens estão imunes à morte enquanto vivem sua juventude. No entanto, em muitas lápides, lemos os nomes de pessoas que sequer chegaram à vida adulta.
O primeiro falecimento registrado nas Escrituras foi de um jovem – Abel. Ou seja, quem morreu primeiro não foi o pai, mas sim o filho. Arão, o irmão de Moisés, sofreu a perda de dois filhos – Nadabe e Abiú – simultaneamente. O rei Davi viveu o bastante para enterrar três filhos – Amnom, Absalão e Adonias.
Portanto, uma pessoa sábia não deve confiar que viverá longamente a ponto de viver sem propósito. A verdadeira sabedoria está em viver preparado para a eternidade com Deus. Se assim vivermos, a preocupação de morrer jovens ou idosos perde o sentido, pois, em Cristo, estaremos seguros em toda e qualquer circunstância. Pois…
“O Senhor nos observava quando estávamos sendo formados em segredo, enquanto éramos tecidos na escuridão. O Senhor nos viu quando ainda estávamos no ventre, e cada dia da nossa vida está registrado em Seu livro, cada momento foi estabelecido quando ainda nenhum deles existia.”
(Salmos 139:15-16 NVT)