“Então Jesus disse: ‘Este é o meu sangue, que confirma a aliança. Ele é derramado como sacrifício por muitos’.” (Marcos 14:24 NVT)
A palavra “aliança” é muito conhecida no judaísmo, representando o pacto estabelecido por Deus com Israel:
“Depois, pegou o Livro da Aliança e o leu em voz alta para o povo. Mais uma vez, todos responderam: ‘Obedeceremos ao Senhor! Faremos tudo que Ele ordenou!’. Moisés pegou o sangue das vasilhas, aspergiu-o sobre o povo e declarou: ‘Este sangue confirma a aliança que o Senhor fez com vocês quando lhes deu estas instruções’.” (Êxodo 24:7-8 NVT)
Portanto, violar a Lei resultava no rompimento do pacto entre Deus e Israel, isto é, o relacionamento estava diretamente condicionado à observância da Lei e à obediência a ela. Deus era o Juiz, e como ninguém conseguia cumprir a Lei integralmente, o ser humano sempre permanecia em débito.
“Agora, porém, Jesus, nosso Sumo Sacerdote, recebeu um ministério superior, pois Ele é o mediador de uma aliança superior, baseada em promessas superiores. Se a primeira aliança fosse perfeita, não teria havido necessidade de outra para substituí-la.” (Hebreus 8:6-7 NVT)
Desse modo, Jesus institui uma nova aliança, um novo tipo de relacionamento entre Deus e o homem que não se baseia na Lei, mas exclusivamente no sangue de Cristo “derramado como sacrifício por muitos”. Note que a redenção não é universal, o sangue de Jesus não foi derramado para redimir a todos:
“Eu lhe darei as honras de um soldado vitorioso, pois ele se expôs à morte. Foi contado entre os rebeldes; levou sobre si a culpa de muitos e intercedeu pelos pecadores.” (Isaías 53:12 NVT)
“Pois nem mesmo o Filho do Homem veio para ser servido, mas para servir e dar sua vida em resgate por muitos.” (Mateus 20:28 NVT)
“Pois nem mesmo o Filho do Homem veio para ser servido, mas para servir e dar sua vida em resgate por muitos.” (Marcos 10:45 NVT)
Logo, para os salvos, a Ceia do Senhor remete ao passado: à cruz de Cristo e ao Seu sacrifício substitutivo pelos eleitos. Contudo, ela também aponta para o futuro: o céu, as bodas do Cordeiro, quando Ele nos receberá para a celebração do grande banquete celestial.
“Eu lhes digo a verdade: ‘não voltarei a beber vinho até aquele dia em que beberei um vinho novo no Reino de Deus’.” (Marcos 14:25 NVT)
Portanto, o Cristo que foi crucificado, agora ressurreto, glorificado e entronizado, será o centro do banquete que o Senhor irá preparar. “Felizes os que são convidados para o banquete de casamento do Cordeiro!” (Apocalipse 19:9 NVT).