Leia Tiago 3:1
“Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo.”
Todos nós, infelizmente, já fomos ouvintes ou até mesmo autores de palavras frívolas, demonstrando claramente como a língua pode ser um instrumento de bênção, mas também de destruição. Em Provérbios 6:16-19 (leia) estão listados seis pecados que Deus aborrece e um sétimo que Ele detesta; desses sete pecados, três envolvem o uso inadequado da língua: “língua mentirosa, testemunha falsa que profere mentiras e o que semeia contenda entre irmãos”.
Tiago adverte em sua carta que “se alguém entre vós cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a religião desse é vã” (Tiago 1:26). Ele está nos dizendo que podemos ter um profundo conhecimento das Escrituras, mas se não controlarmos nossa língua, nossa fé é vazia! Tiago também orienta aqueles que aspiram ser mestres a terem cautela:
“Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo.”
O apóstolo não está proibindo a busca pela liderança, especialmente se Deus lhe concedeu essa habilidade. Sua advertência é para que compreendamos a imensa responsabilidade daqueles que desejam ensinar. Quanto mais conhecimento e experiência possuímos, maior é nossa responsabilidade diante de Deus e dos homens. Tiago destaca o perigo do uso da língua como causa de tropeço e, ao mesmo tempo, também enfatiza o benefício de refreá-la:
“Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal é perfeito, e poderoso para também refrear todo o corpo.” (Tiago 3:2)
É evidente que todos já falhamos com nossas palavras em algum momento. Quantas vezes nos arrependemos de dizer algo que não deveríamos, na hora errada, para a pessoa inadequada, com intensidade e volume impróprios? Tiago nos lembra que se controlarmos nossa língua, controlamos nosso corpo inteiro! Essa verdade se aplica ainda mais aos mestres. Suas palavras e ações têm um peso significativo, pois podem influenciar muitos. Quando os mestres caem, podem arrastar consigo uma multidão devido à influência que exercem.
Deus abençoou, abençoa e abençoará a Igreja com muitos mestres, mas Ele espera que eles desenvolvam e usem seus dons para o serviço de Seu reino. Devem “pregar a Palavra, instando a tempo e fora de tempo; corrigir, exortar com toda longanimidade e doutrina” (2 Timóteo 4:2). Além disso, devem estar dispostos a restringir sua liberdade pessoal por amor àqueles a quem ensinam, evitando toda e qualquer aparência do mal.
Infelizmente, há aqueles que não estão qualificados para essa posição, motivados apenas pelo desejo de poder e influência. Eles se apresentam como pastores e mestres, mas negam o próprio Cristo do qual falam, tratando “a piedade como fonte de lucro” (leia 2 Timóteo 6:5). Estes precisam ponderar atentamente sobre o aviso solene de Tiago 3:1.
Portanto, oremos pelos pastores e mestres, para que suas palavras estejam em harmonia com a prática cristã. Pois, “ai do mundo, por causa dos escândalos; e é inevitável que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem!” (Mateus 18:7)