“E o Espírito nos ajuda em nossa fraqueza, pois não sabemos orar segundo a vontade de Deus, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos que não podem ser expressos em palavras.” (Romanos 8:26 NVT)
Em certos momentos da nossa vida, prostramo-nos para orar, mas as palavras nos faltam. O que fazer nestes momentos? Devemos trazer à memória o que pode nos dar esperança!
E o que poderia ser mais esperançoso do que recordar a Palavra de Deus? Ela nos assegura que, embora “não sabemos orar segundo a vontade de Deus, o próprio Espírito intercede por nós com gemidos que não podem ser expressos em palavras”. Isso significa que a verdadeira essência da oração não está na nossa habilidade intelectual ou em palavras bem formuladas, mas em um coração quebrantado, contrito e que reconhece sua fraqueza diante do Senhor.
Quando nos faltam palavras somos, muitas vezes, tentados a “dirigir” as ações de Deus. No entanto, em Sua infinita bondade e misericórdia, o Senhor utiliza várias maneiras para quebrantar e tratar a altivez do nosso coração. É nesses momentos de crise que “o Espírito nos ajuda em nossa fraqueza”, e assim, nós oramos sinceramente, pois nossas palavras se calam e nossos corações se abrem; nossos ouvidos se tornam atentos; paramos de “ensinar” a Deus e reconhecemos que somos apenas aprendizes, assim como aconteceu com Jó:
“Então Jó respondeu ao Senhor: ‘Sei que podes fazer todas as coisas, e ninguém pode frustrar teus planos’. Perguntaste: ‘Quem é esse que, com tanta ignorância, questiona minha sabedoria?’. Sou eu; falei de coisas de que eu não entendia, coisas maravilhosas demais que eu não conhecia. Disseste: ‘Ouça, e eu falarei! Eu lhe farei algumas perguntas, e você responderá’. Antes, eu só te conhecia de ouvir falar; agora, eu te vi com meus próprios olhos. Retiro tudo que disse e me sento arrependido no pó e nas cinzas.” (Jó 42:1-6 NVT)
Portanto, devido à nossa fraqueza, precisamos reconhecer a nossa dependência diária do ensinamento e da assistência do Espírito, “pois não sabemos orar segundo a vontade de Deus”. O apóstolo Paulo deixa bem claro que, os “gemidos que não podem ser expressos em palavras” têm um propósito ainda maior:
“E o Pai, que conhece cada coração, sabe quais são as intenções do Espírito, pois o Espírito intercede por nós, o povo santo, segundo a vontade de Deus.”
(Romanos 8:27 NVT)
Em outras palavras, esses gemidos inexprimíveis estão em perfeita harmonia com a vontade de Deus e, por isso, podemos nos aproximar do trono da graça com confiança, mesmo quando nos faltam palavras. E assim, enquanto peregrinos nesta terra, não receberemos um diploma desta “escola de oração”; ao invés disso, devemos clamar cada vez mais:
“Senhor, ensina-nos a orar!” (Lucas 11:1 NVT)