“‘O que você quer que eu lhe faça?’, perguntou Jesus. O cego respondeu: ‘Rabi, quero enxergar’.” (Marcos 10:51 NVT)

Jesus caminhava determinado a chegar em Jerusalém, mas o clamor de Bartimeu o fez parar para ouvi-lo. Jesus chamou Bartimeu, que prontamente foi ao seu encontro. Ao chegar à Sua presença, Jesus fez uma pergunta bastante pessoal ao mendigo cego que poderia ter pedido uma esmola, uma ajuda… mas Bartimeu foi direto ao ponto:

“Rabi, quero enxergar.”

Ele se referiu a Jesus como Mestre, que em grego é “rabboni”, também traduzido como Senhor. Ou seja, Bartimeu utilizou uma expressão de fé pessoal. Mostrando que, uma coisa é ver com os olhos, e outra, diferente, é ver e crer com o coração. Bartimeu não creu devido à clareza da sua visão, mas como resposta a tudo que ouviu sobre o Mestre Jesus. Agora, após responder à pergunta do Mestre – “o que você quer que eu lhe faça?” – Bartimeu ouviu do nosso Senhor:

“Vá, pois sua fé o curou.” (Marcos 10:52a NVT)

Bartimeu recebeu esta graça: os seus olhos se abriram! Na tradução Almeida Revista e Atualizada (ARA), está escrito: “Vai, a tua fé te salvou.”; indicando que Bartimeu não apenas recebeu cura para os olhos, mas encontrou a salvação em Cristo! Jesus perdoa pecados, cura e redime o corpo.

No Antigo Testamento, não há registro de nenhuma cura de cegueira física; os judeus acreditavam que este milagre era um sinal de que a era messiânica havia chegado:

“Naquele dia, os surdos ouvirão as palavras lidas de um livro, e os cegos verão no meio da escuridão e das trevas.” (Isaías 29:18 NVT)

“Digam aos de coração temeroso: ‘Sejam fortes e não temam, pois seu Deus vem para vingar-se de seus inimigos; Ele vem para salvá-los’. Quando Ele vier, abrirá os olhos dos cegos e os ouvidos dos surdos.” (Isaías 35:4-5 NVT)

Bartimeu, agora enxergando, demonstra gratidão e provas de conversão. Mostrando que ele não queria apenas a bênção, mas, sobretudo, o abençoador:

“No mesmo instante, o homem passou a ver e seguiu Jesus pelo caminho.” (Mateus 10:52b NVT)

Bartimeu começou a trilhar o caminho do discipulado. Esta é a atitude vívida do efeito que a graça de Cristo tem sobre aquele que a experimenta. A graça nos faz Seus seguidores, atraindo-nos para o caminho da santidade. Portanto, não basta vir a Cristo somente quando precisamos de algo, é necessário segui-Lo para que possamos honrá-Lo e receber Suas instruções. Que a graça, verdadeiramente experimentada, nos leve a refletir diariamente:

“Que posso oferecer ao Senhor por tudo que ele me tem feito?”

(Salmos 116:12 NVT)